C47
Marujada São Paulo (Morro dos Alagoanos, Vitória) (1 de 2)
Vitória Espírito Santo Brasil

C47 • Marujada São Paulo (Morro dos Alagoanos, Vitória) (1 de 2)

A fita contém uma parte da dramatização da Marujada São Paulo do Morro dos Alagoanos, de Vitória, sob a direção do mestre José Pedro Lino. A sessão de gravação ocorreu nos estúdios da Rádio Espírito Santo, em Vitória, e foi promovida pela Comissão Espírito-santense de Folclore, em data ainda não confirmada, seguramente antes de 1961. A Marujada é composta por 36 participantes e segundo consta em artigo sobre a gravação, todos estavam presentes na sessão.

As sequências da dramatização registradas nesta fita são: Parte de Embaixador e Almirante (primeira e segunda Embaixada Moura) e a Parte de Mouros. Inicia no lado B.

“A nossa Marujada São Paulo – proveniente de Maceió, como vimos – acompanha muito de perto as versões que se representam no norte e nordeste, onde, aliás, há numerosos conjuntos desse folguedo.” – Guilherme Santos Neves, A Gazeta, 23/05/1959

Conteúdo detalhado

INÍCIO

[00:00:01.10]
> Orador 1: Marujada São Paulo do Morro dos Alagoanos, sob a direção de Mestre José Pedro Lino. Parte de Mouros.

[00:00:10.28]
> Marujada. Parte de Mouros.

Linha!

Somos marinheiros, vivemos contentes,
A nossa vida é no alto-mar,
Cumprindo a ordem do Almirante
Que nos ensina a trabalhar.

Não temos descanso, que vida cansada,
Juramos bandeira e somos militar,
Honramos a nossa farda que é o nosso dever
É preciso aprender para navegar.

É preciso aprender para navegar
Ter instrução e ter energia,
Boa munição e boa artilharia,
Aproveitar o vento e não perder tempo,
Navegamos noite e dia,
Estamos navegando em mar desconhecido
Só me parece o mar da Turquia.

[00:02:45.08]
> Marujada. Parte de Mouros.

Riba, acima, um gajeiro
Para ver se avista terra

E olhe lá, meu Almirante
Temos farol pela proa
Com meus aparelho em frente
Olhe que andamos à toa

Lá na linha avistei vela
É duas fragatas de guerra
Peleja no alto-mar

Eu não sei o que há de fazer
Para os vento tomar
Lá na linha avistei vela

[00:04:46.19]
> Marujada. Parte de Mouros.

A noite é de inverno
Fui ferrar grandes velas
Não me sai da lembrança
É do meus amores de terra

Minha Santa Catarina,
Minha santinha do céu
Aonde mora esta santa?
Mora em Montevidéu

Minha Santa Catarina
Santa dos cabelos louros,
Mal empregado esta santa
Mora em terra de Mouros

Valha-me Deus
E a Virgem Maria
Vamo vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Almirante Mar e Guerra
E a Virgem Maria
Vamo vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Temos esquadrão
E artilharia
Pra vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Imediato e Piloto
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Capitão Artilheiro e Ajudante
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Capitão-tenente, Doutor
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Capitão-fiscal e ajudante
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Capelão e o Ração
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Ô, senhores tenentes
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Dois guarda-marinho
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Os dois gajeiros
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Os dois calafates
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Os dois panderistas
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Toda a Marujada
E a Virgem Maria
Vamos vencer os Mouros
Que vêm da Turquia

Meu Almirante vem executar
As peças estão prontas
Podemos brigar

[00:21:20.23]
> Marujada. Parte de Mouros.

Embarca, embarca,
Meus marujos,
Embarcam todos em cordão
Artilharia já salvou
Lá no Porto da Conceição

Embarca, embarca,
Meus marujos,
Embarcam todos na carreira
Artilharia já salvou
Lá no Porto da Ribeira

Embarca, embarca,
Meus marujos,
Embarcam todos pois assim
Artilharia já salvou
Lá no Porto do Bonfim.

Artilharia, ô
Artilharia, marche para a guerra

Se não for por mar,
Iremos por terra

Meu Almirante, oi
Meu Almirante,
Toque o embarcar
Navio apita
Se navio apita
É hora de largar.

Senhor Capitão-Piloto
Vá ouvindo se quiser,
Previna seu batalhão
Para quando lhe convier

Meu batalhão tá prevenido
Está posto em bom lugar
O senhor Capitão-Patrão
Faça ver o General

Arriba acima um gajeiro
Para ver se avista terra

Avistei, meu Almirante
Uma fragata de vela

Lá na linha avistei vela
É duas fragata de guerra
Peleja de barra adentro

Eu não sei o que há de fazer
Para lhe tomar os vento

Suba um gajeiro
Suba no mastro de ré
Com seus aparelhos em frente
Veja se é Mouro ou não é

Avistei, meu Almirante
Duas fragatas de vela
Lá na linha avistei vela

Duas fragatas de guerra
Peleja no alto-mar

FIM DO LADO A

LADO B

[00:00:01.03]
> Marujada.

Lá na linha avistei vela
Duas fragatas de guerra
Peleja de barra adentro

E eu não sei o que há de fazer
Para lhe tomar os ventos

[00:00:42.07]
> Marujada. Parte de Mouros (cont.)

Saímos em quarto de lua
Com vontade de pelejar
Viemos executar a ordem
Quem nos manda é o general

Lá na linha avistei vela
É duas fragatas de guerra
Peleja de barra adentro

E eu não sei o que há de fazer
Para lhe tomar os ventos

[00:01:49.26]
> Marujada.

Saímo nós de Holanda
Seus gajeiros avistou vela
Ah, e lá com tanta lida
Até que avistamos terra

Lá na linha avistei vela
É duas fragatas de guerra
Peleja no alto-mar

Eu não sei o que há de fazer
Para o santo tomar

[00:02:58.15]
> Marujada. Primeira Embaixada Moura.

> Embaixadores:
Ô almirante, dai-me licença
Que em tua nau quero atracar
Eu venho dar a ti
Uma embaixada

Quem nos manda é
Rei meu senhor

> Patrão:
Quem é teu senhor?

> Embaixadores:
É o soberano
Rei da Mauritânia
Senhor do sol
Da meia-lua

[00:04:22.22]
> Patrão: Suba. Um só!

> Embaixador: Quem és tu que até no meu Deus persegue?

> Patrão: Capitão-patrão.

> Embaixador: Não me parece. Cadê teu ministro, está à bordo?

> Patrão: Está, o que deseja?

> Embaixador: Embaixada meu Rei Senhor manda dar.

> Patrão: Então faça alto. Venha. À las caixa, sentido! Larga. Vá lá, Almirante. Tem um embaixador de Mouro que deseja dar uma Embaixada.

> Almirante: Diga a ele que suba, um só.

> Patrão: O Almirante disse que suba um só.

> Embaixador: Almirante, a tu…

> Almirante: A tu não, patife beberrão! Não é assim que se trata um chefe de divisão.

> Embaixador: Como queres que te trate?

> Almirante: A vós, como teu Rei Soberando Senhor.

> Embaixador:
Almirante, a vós o meu monarca
Que por mim saudar-te envia
Manda-me que faça de ti um Mouro,
E regresse comigo à Turquia.
Olhe lá, Almirante, a Turquia é um Império
De grande e nobre fidalguia
Em quadras de muitas léguas;
Tem minas de prata e ouro,
Ele te oferta este tesouro
Para contigo te achar.
Olhe lá, Almirante, ele te oferta mais:
uma rica dama
Filha de General de Mouro
Para contigo se casar.
Caso não queira aceitar,
Em guerra há de se acabar
A cabeça pretende tirar, Almirante?

> Almirante: Que disse, Embaixador?

> Embaixador: Já vos disse!

> Almirante: Repete!

> Embaixador:
Almirante, a vós o meu monarca
Que por mim saudar-te envia,
Manda-me que faça de ti um Mouro,
E regresse comigo à Turquia.
Olhe lá, Almirante, a Turquia é um Império
De grande e nobre fidalguia
Em quadras de muitas léguas;
Tem minas de prata e ouro,
Ele te oferta este tesouro
Para contigo te achar.
Olhe lá, Almirante, ele te oferta mais:
Uma rica dama
Filha de General de Mouro
Para contigo se casar.
Caso não queira aceitar,
Em guerra há de se acabar
A cabeça pretende tirar, Almirante?

> Almirante: Embaixador, se tu não fosse Embaixador ilustre, com este punhal ao peito te virava de bruço. Mas como tu és Embaixador, a ti não faço nada. Volta e diz ao teu Rei Soberano Senhor que o que ele tem para mim nada vale, mesmo que ele possua as pérolas do alto-mar, que eu sou homem honrado, não me relevo a covardia de entregar meus marinheiros por uma filha de General de Mouro sem valia. Diz mais: Se ele tiver a audácia de atracar a sua esquadra em minha nau, levarei ele na ponta da minha espada, mais alto do que a Sete-estrela. Levo acima, trago abaixo, faço ele se sujeitar à Santa Religião que é a Santa Lei dos cristãos.

> Embaixador: Que dizes, Almirante?

> Almirante: Já vos disse!

> Embaixador: Almirante, tu tens a audácia de dizer

(Sim!)

Que se meu Rei Soberano Senhor atracar sua esquadra em sua nau

(Sim!)

Tu leva ele na ponta de tua espada?

(Sim!)

Mais alto que a Sete-Estrela?

(Sim!)

Leva acima?

(Sim!)

Traz abaixo?

(Sim!)

Faz ele se sujeitar à Santa Religião que é a Santa Lei do cristão?

(Sim!)

> Embaixador: Mais tarde darei a resposta.

> Almirante: Quando quiseres, patife beberrão.

[00:07:21.05]
> Marujada. Lá se vai o Embaixador…

Lá se vai o Embaixador
Com muita raiva e grande dor
Porque não leva a embaixada
Do nosso Governador

Lá na linha avistei vela
É duas fragatas de guerra
Peleja de barra adentro
E eu não sei o que há de fazer
Para lhe tomar os ventos

[00:10:39.08]
> Marujada. Segunda Embaixada Moura

> Embaixadores:
Ô Almirante, dai-me licença
Que em tua nau quero atracar
Eu venho dar a ti outra embaixada,
Quem nos manda é Rei Meu Senhor

> Patrão: Quem é teu senhor?

> Embaixadores:
É o soberano
Rei da Mauritânia
Senhor do sol
Da meia-lua

> Patrão: Suba! Um só!

> Embaixador: Quem és tu que até no meu Deus persegue?

> Patrão: Capitão-patrão.

> Embaixador: Não me parece. Cadê teu Almirante, está à bordo?

> Patrão: Está, o que deseja?

> Embaixador: Diga a ele que eu trago outra embaixada que meu Senhor manda dar.

> Patrão: Então faça alto. Venha. À las caixa, sentido! Troca/Larga. Olá, Almirante. Aí tem outro embaixador de mouro que deseja dar outra embaixada.

> Almirante: Diga a ele que suba, um só.

> Patrão: O Almirante disse que suba um só.

> Embaixador: Licença, licença, senhores! Que nesta nau quero entrar. Vim trazer outra embaixada que meu Senhor manda dar.

> Almirante: Quem é o teu senhor?

> Embaixador: É o Grão Sultão, Rei e Senhor de toda a Mauritânia que por mim (…).

> Almirante: Ó lá, Embaixador, vê como dar esta embaixada mais moderada.

> Embaixador: Foi este o modo que aprendi no Reino da Turquia.

> Almirante: Então senta-te no chão.

> Embaixador: Não me sento no chão!

> Almirante: Na ponta da espada.

> Embaixador: Nem sou carne-seca para ser espetado!

> Almirante: Então diz o que pretende de mim para com teu Rei Soberando Senhor.

> Embaixador: Almirante, o muito alto e poderoso Grão Sultão, Rei e Senhor de toda a Mauritânia, de Padoje e Prepuntindo Midasfá de Relandia, Sultibam de Mingrélia, te avisa para que tu entregue os teus soldados, as tuas armas para ele fazer o muito seu sabor, quando não com tu não haverá misericórdia: manda 300 mil homens por terra, 80 navios por mar, para pôr-te a ferro e fogo a tu e a toda sua gente.

> Almirante: Que diz, Embaixador?

> Embaixador: Já vos disse!

> Almirante: Repete.

> Embaixador: Almirante, o muito alto e poderoso Grão Sultão, Rei e Senhor de toda a Mauritânia, de Padoje e Prepuntindo Midasfá de Relandia, Sultibam de Mingrélia, te avisa para que tu entregue os teus soldados, as tuas armas para ele fazer o muito seu sabor, quando não com tu não haverá misericórdia: manda 300 mil homens por terra, 80 navios por mar, para pôr-te a ferro e fogo a tu e a toda sua gente.

> Almirante: Embaixador, teu Rei Soberando Senhor fala com muita liberdade e presunção, ele aparece nos teus feitos tal qual nas suas ações. Diga a ele que previna-se para entrar em luta, que eu e todos os meus estamos ansiosos a dar-lhe combate.

> Embaixador: Mais tarde te darei a resposta.

> Almirante: Quando quiseres.

Lá se vai o Embaixador
Com muita raiva e grande dor
Porque não leva a embaixada
Do nosso Governador

[00:17:21.08]
Somos marinheiros, honramos a nossa farda
A nossa vida é no alto-mar
Somos soldados, juramos bandeira
Temos exercício e sabemos brigar

Meu Almirante, muito sentido ao navio
Que a ferro frio temos que brigar
Que pela proa me surja o navio
E é de Mouro, vem nos derrotar

Somos filhos da Turquia
Fiéis guerreiros da Corte Real
Já derramei muito sangue de cristão
Somos heróis da luta brutal

Seu Almirante, permita seu Soldado
Eu lhe digo isso e posso afirmar

[00:20:26.27]
O inferno treme
Tremeis com ele
Os anjos cantam
Ave Maria

Avança, avança
Morra toda cristandade
E o Almirante seja arrebatado!

> Coro:
Estás enganado!

> Patrão:
Ajoelha ao corpo
E forma um quadrado.

Jesus, neto de Sant’Ana,
Filho da Virgem Maria,
Não permita que nós não sejamos
Prisioneiros pela Turquia

Se arretira, ó, bravo mouro,
E não persiga a Santa Lei,
Que com a fé que eu tenho em Deus,
Com ela mesmo, eu vencerei.

[00:27:31.09]
> Patrão:
Linha!
A las caixa, sentido!
Larga!
Campos, bosque, flores em terra
Diz a Deus um desgraçado
Nasci triste, sem ventura
Hoje estou mal-afortunado

> Mouros:
O teu próprio Almirante
Deu palavra em demasia
Pode fazer fogo em frente
Com toda sua artilharia

> Sargento-artilheiro:
Eu sou um Sargento-Artilheiro
Trago bombas e granadas
Para com os Mouros brigar

> Mouros:
Bombas e granadas,
Caso esteja presente,
Será destruído,
Pelos nossos braços potentes.

> Capitão de Artilheria:
Sai fora, artilharia,
No campo abrindo ala,
Na luta dos argentinos
Se é fogo ninguém fala

Se é fogo ninguém fala
São sinais de guerreiro,
Respondei-me companheiros,
O que deseja.

Coro: fala!

Fogo, artilheria,
Que nós tamos em campanha.

Almirante Mar e Guerra também venha combater
Que os corsário em campanha não arreia

Fogo, artilheria,
Que nós tamos em campanha.

Cutila, cutila
Vamos cutilar
Nós estamos em campanha
Queremos pelejar.

Os corsários estão nas armas
Contra a cavalaria
Faça fogo, artilharia
Com toda chibanceria

Piloto Imediato também venha combater
Que os corsário em campanha não arreia

Fogo, artilharia,
Que nós tamos em campanha.

Os corsário estão nas armas
E contra a cavalaria
Faça fogo, artileria
Com toda chibanceria

Fogo, artilharia,
Que nós tamos em campanha.

Capitão-Artilheiro e o Doutor também venham combater
Que os corsário em campanha não arreia

Fogo, artilharia,
Que nós tamos em campanha.

Os corsário estão nas armas
Contra a cavalaria
Faça fogo, artilharia
Com toda chibanceria

Fogo, artilharia,
Que nós tamos em campanha.

Capelão e o Ração…

FIM

Destaques do Lado A

Orador 1: "Marujada São Paulo do Morro dos Alagoanos, sob a direção de Mestre José Pedro Lino. Parte de Mouros."
Marujada São Paulo. Parte de Mouros.

Destaques do Lado B

Marujada. Início Lado B. Parte de Mouros (cont.)

Ficha técnica

Código de referência

GSN_FR_C47

Título (atribuído)

Marujada São Paulo (Morro dos Alagoanos, Vitória) (1 de 2)

Data de gravação

Não especificada

Local de gravação

Vitória, ES, Brasil

Suporte de gravação

Fita Rolo

Duração

Lado A: 28min24s
Lado B: 32min21s

Idioma

Português

Gênero

Dramatização

Data da digitalização

24/04/2021

Informações no estojo

Na parte de trás: Comissão E. Santense de Folclore (à caneta)

Na lombada: 1

Marca e modelo

Irish Brand

Observações

Fita 1 de um total de 2 com o registro de parte da dramatização. No processo de digitalização, o início da dramatização ficou no arquivo digital identificado como “b”. Optamos por corrigir esta inversão para disponibilização pública, respeitando a sequência da gravação.

Personagens

José Pedro Lino

Referências externas

A Comissão Espírito-santense de Folclore esteve envolvida desde o ano de sua instalação com a divulgação da Marujada São Paulo. Em 1949, foi promovida pela Comissão uma representação do auto popular marítimo no Parque Moscoso, em Vitória, por ocasião da II Semana de Folclore; em Maio de 1959, na cidade de Vila Velha, a Comissão divulga a apresentação da Marujada na praça Duque de Caxias e, em Setembro do mesmo ano, mais uma apresentação em Vitória como parte dos festejos do Dia da Cidade. Quanto ao registro presente nesta fita, sabemos que foi realizado pela Comissão nos estúdios da Rádio Espírito Santo, certamente antes de 1961. Ver:

NEVES, Guilherme Santos. Folclore, ano VIII, n° 51/54. Vitória, Novembro-Dezembro de 1957; Janeiro-Junho de 1958.
_____________________. Marujada São Paulo. Coletânea de Estudos e Registros do Folclore Capixaba: 1944-1982. Vol 2. Vitória: Centro Cultural de Estudos e Pesquisas no Espírito Santo, 2008, pp. 137-140.
_____________________. Vamos ver a Marujada São Paulo. Coletânea de Estudos e Registros do Folclore Capixaba: 1944-1982. Vol 2. Vitória: Centro Cultural de Estudos e Pesquisas no Espírito Santo, 2008, pp. 141-142.
_____________________. Revisão da Marujada. Coletânea de Estudos e Registros do Folclore Capixaba: 1944-1982. Vol 2. Vitória: Centro Cultural de Estudos e Pesquisas no Espírito Santo, 2008, pp. 150-194.
_____________________. Registro da Música Folclórica no Espírito Santo. Coletânea de Estudos e Registros do Folclore Capixaba: 1944-1982. Vol 2. Vitória: Centro Cultural de Estudos e Pesquisas no Espírito Santo, 2008, p. 247.

O Mestre José Pedro Lino, natural de Alagoas, foi mestre da Marujada São Paulo em Maceió. Ao transferir-se para Vitória, fundou a Marujada São Sebastião, que mais tarde se encerraria e daria lugar à Marujada São Paulo do Morro dos Alagoanos. O auto por ela representado, portanto, acompanha de perto as versões apresentadas no Norte e Nordeste do Brasil. Ver:

____________________ . Marujada São Paulo. Coletânea de Estudos e Registros do Folclore Capixaba: 1944-1982. Vol 2. Vitória: Centro Cultural de Estudos e Pesquisas no Espírito Santo, 2008, pp. 137-140
____________________ . Órfã a Marujada São Paulo. Coletânea de Estudos e Registros do Folclore Capixaba: 1944-1982. Vol 2. Vitória: Centro Cultural de Estudos e Pesquisas no Espírito Santo, 2008, pp. 302-304.
____________________ . O mestre da Marujada São Paulo. Coletânea de Estudos e Registros do Folclore Capixaba: 1944-1982. Vol 2. Vitória: Centro Cultural de Estudos e Pesquisas no Espírito Santo, 2008, pp. 304-306.

Uso e permissão

Permitida divulgação. Permitida utilização educacional. Não permitido uso comercial.