Incelências (várias), toadas de folia de reis e pontos de Jongo (vários) colhidos em 1963. Cantados por Enéas Pinheiro de Souza, natural de Mimoso do Sul, descrito por Guilherme Santos Neves como “um impressionante portador de folclore”, a quem foi apresentado por Hermógenes Lima Fonseca. Também inclui a gravação de uma breve entrevista com o informante. Na sequência, há uma série de outras incelências gravadas em Manguinhos também em 1963. Presentes na gravação estavam Horácia Maria da Conceição, Hirondina Ribeiro de Azevedo, Eugênia Maria do Nascimento, Nadir Pereira dos Anjos, Pedrolino de Azevedo e Santília Paranhos Cruz. Ao final há a cantiga de roda “Dona Rosa”.
Conteúdo detalhado
LADO A
[00:00:00.28]
> Incelência. Uma incelência / Minha mãe sempre pedia / Adevogada / Rainha / Dos anjos das estrelas coroada
[00:01:57.13]
> Incelência. Uma incelência / Antônio, Antônio / Seu pai de missionário, Antônio…
[00:03:24.06]
> Incelência. Uma excelência da Santa Custódia / Vamos levar esse corpo pra glória
[00:05:14.28]
> Enéas Pinheiro de Souza. Incelência. Era um pobre intermitente / Batendo nas porterias / Aparar em pratos rasos / Olhos de Santa Luzia
[00:06:25.00]
> Enéas Pinheiro de Souza (possivelmente Folia de Reis). Vai venturoso / vem lhe ver… Ai os três reis / Do Oriente
[00:12:59.20]
> Enéas Pinheiro de Souza. Ponto de Jongo. Eu fui à ladainha / Na Igreja de São Bento / A Igreja tava fechada / E o santo chorava dentro / Jongueiro. (O ponto é repetido uma segunda vez em novo take)
[00:15:03.13]
> Enéas Pinheiro de Souza. Ponto de Jongo. Quem nunca viu, vem ver / Caldeirão sem fogo ferver
[00:15:21.26]
> Enéas Pinheiro de Souza. Ponto de Jongo. Ói o mungurifungo chegou tá aí
[00:15:48.03]
> Enéas Pinheiro de Souza. Ponto de Jongo. Dente de cachaça véi
[00:16:07.27]
> Enéas Pinheiro de Souza. Ponto de Jongo. A cidade de Campos virou bananal
[00:16:42.21]
> Enéas Pinheiro de Souza. Ponto de Jongo. Oi jongueiro / É na boca de cangoma / Êee / É na boca de cangoma
[00:17:22.25]
> Enéas Pinheiro de Souza: Eu sou nascido no estado do Espírito Santo, em Mimoso do Sul. Nasci a 13 de Fevereiro de 1913, dali fui pra Bom Jesus de Itabapoana, aonde aprendi os meus primeiros dias de vida jongo, folia de reis e as incelências que cantei. E dali tive militando por muito tempo, de 1922 até 1934 na cidade de Bom Jesus, no Itaperuna, em Campos e em Boa Vista, divisa do estado do Rio com o Espírito Santo. Meu nome é Enéas Pinheiro de Souza, filho de Manuel Pinheiro de Souza e Maria Vieira de Carvalho.
[00:18:38.20]
> Santília Paranhos Cruz. Incelência. Uma incelência / Para o Senhor do Bonfim / As almas do purgatório / Estão chamando por Jesus
[00:20:34.25]
> Incelência (várias vozes). Uma incelência / Para o Senhor do Bonfim / As almas do purgatório / Estão chamando por Jesus
[00:22:31.09]
> Incelência (várias vozes). Uma incelência / Da Senhora Santa Rita / Olha o mundo composto / Composto de alegria / Céu, céu, céu, céu / Ô céu tão piedoso.
[00:25:01.00]
> Incelência (várias vozes). Uma incelência / Nossa Senhora do Porto / Deus te dê boa passagem deste mundo / Para o outro
[00:27:22.19]
> Incelência (várias vozes). Uma incelência / Meu Deus, caiu fora / Acompanhai esta alma / Que vai para a glória
[00:28:51.24]
> Incelência (várias vozes). Era uma incelência / E Nossa Senhora das Dores / Rodeado das estrelas / Toda cercada de flor /
[00:32:57.26]
> Cantiga de Roda. Vou-me embora pra Bahia / Vou fazer canavial / Se o café não der dinheiro, Dona Rosa / Eu vou ver se a cana dá
FIM